Recebi este épico da literatura russa, por sinal de um dos meus autores favoritos, pelas festas. Agora que o li, compreendo a importância deste volume em termos históricos e sociais.
Categoria: Dos Livros
Chuva
O céu amarelo já anunciava a tempestade mesmo antes de me deitar. Adormeci nesse filtro de luz, todo o mundo de castanho sépia, as únicas aves circulando no ar... Corvos, anunciando um poder apolónico irresistível. Nesse dia não houve horas, nem minutos, e o escurecer do sol não impediu que o céu continuasse assim, violento e perturbador.
Primavera no Moinho
A primeira coisa que vi quando abri os olhos foi a sua face adormecida. A pele morena, a barba mal feita, como se há muito ele trabalhasse sob o duro sol da tarde. Mas eu sabia, ao contrário dele, que aquela era a primeira vez que estávamos a acordar.
Macunaíma
Macunaíma foi publicado em 1928 e é considerado a obra-prima de Mário de Andrade. Inspirado em lendas, crónicas, ditados e folclore, é também um marco da literatura brasileira, tido como romance fundador. O herói do romance é muitas vezes equiparado ao retrato do Brasil. O carácter glutão e antropofágico da cultura brasileira é uma das faces do pensamento modernista, e é por isso que Macunaíma é um herói sem nenhum carácter, porque todos os caracteres são seus.
Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos
Numa remota aldeia polaca, a excêntrica Janina Duszejko, divide os seus dias a traduzir a poesia de William Blake e a observar os sinais da astrologia; mas a pacatez dos seus dias vê-se interrompida quando começam a aparecer mortos vários membros do clube de caça local. Certa de encontrar respostas, Janina decide lançar-se na investigação do caso.